Eu não sei ao certo o que seria minha vida. Às vezes parece um conto de fadas, às vezes parece um filme de terror que nunca acaba. Às vezes pareço uma adolescente rebelde que quer acabar com a vida de todo mundo. Às vezes pareço uma nerd fofa, que não quer confusões e é a mais amada da família. Mas sempre, sempre eu sou do contra. Eu nunca estou no exato perfil que todos querem. Eu nunca sento certo, eu nunca faço nada certo, tudo é culpa minha, se uma bomba cair do céu, fui eu. Mas eu não me importo. Quem disse que eu vou mudar por causa deles? Quem disse que eu vou sentar certinho, falar baixinho e brincar com meu primo de 10 anos só porque eles querem? Todos disseram. Mas eu não vou fazer. Se um dia eu fizer alguma coisa, é porque EU quero, não porque me mandaram fazer. E eles pensam que só porque sou assim, diferente, eu não posso amar, não posso ter sentimentos. Ai por isso eles jogam as coisas na minha cara. Muito bem. Palmas pra eles. Eu me ferro aqui, sozinha com meus sentimentos. Com meu coração quebrado. Que aliás, não é só minha família que o quebra.
Ah, o amor! O doce momento da adolescência. Doce? Só se for pra você. Pra mim, dói. E isso já resultou em ódio, em vontade de matá-lo, em vontade de me matar. É isso que dá, você se apaixonar por uma pessoa que só fica com você pra te humilhar. Ele pediu perdão. Ele disse que tava com saudade. Não sei o que faço. Um lado meu o ama, o outro quer que ele morra com a maior dor possível. Mas eu não sei ao certo, se o amo, se o odeio. Não sei se o perdoo. Não sei se digo "eu te amo" mais uma vez. Eu sei que não seria racional fazê-lo, mas desde quando eu sigo padrões? Desde nunca.
Acho que preciso de ajuda. Acho que não. Eu não sei ao certo, já disse isso. Essa sou eu. Essa é minha vida. Essas são minhas dores. E isso só muda quando o tempo passar.
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