sábado, 5 de novembro de 2011

Esse vai ser sem título, mas é pra Ju e pra Lu bf que pediram *-*

Nós estávamos caminhando em um caminho entre dois campos floridos, um caminho reto, sem fim, que ia além do horizonte. Só nós dois. Eu e ele. O amor da minha vida, a razão de eu sorrir e viver. Estávamos felizes, de mãos dadas. Ele se declarava pra mim, parava constantemente pra beijar minha bochecha e verificar se eu estava bem. De repente, quando menos espero, vejo uma silhueta escura logo a minha frente. Olhei para ele, verificando se ele também a havia visto, e pelo seu espanto, sim. Quando consegui visualizá-la direito, logo a reconheci: era a garota que durante muito tempo eu tinha considerado minha irmã, e acabou me apunhalando. E o pior, não foi pelas costas não, foi no meio da minha cara idiota.
- O que você quer? - eu perguntei logo, sem hesitar.
- Ele. - ela respondeu, apontando para minha vida, meu namorado. Quando eu a olhei com cara de quem não estava entendendo nada, ela soltou sua gargalhada estúpida e nojenta. - Deixe-me explicar, porque você é uma lerda e logicamente não sacou. Esse caminho aqui - ela apontou pro chão - é o caminho da vida dele. Então, eu estou no meio do caminho, e você - apontou pra ele - vai ter que escolher, meu amor. Ou eu, ou ela.
Ele me olhou com uma expressão de quem não estava entendendo nada, e ela continuou falando:
- Eu sei que você me quer, então eu sei que você vai me escolher porque você me ama.
Nessa hora, senti uma dor dilacerar meu peito, como se tivessem várias facas me cortando em vários ângulos diferentes só no meu coração.
-NÃO, NUNCA! - me virei para ele - Ei, gatinho, eu te amo, ela nunca, nunca vai te amar, ela não tem capacidade pra amar ninguém, ela só ama a si mesma!
Nesse momento, o céu escureceu, de uma hora pra outra, dando um ar mais pesado ainda e entrando no clima do momento.
- Por que você diz isso? Porque eu nunca amei você do jeito que você me amava, nunca dei meu sangue por você do jeito que você dava né, irmãzinha? - ela se virou pra ele - Vem logo e para de ficar do lado dela, essa menina parece uma gelatina, chega a ser nojenta, e eu não. - ela sorriu - Eu sou tudo o que você quiser que eu seja.
- Para, para com isso agora! Você não tem o mínimo direito de falar com ele.
- Ah, tenho sim, ele é meu. Sempre foi, e sempre será.
-NUNCA!
Naquele ponto, eu já estava chorando desesperadamente, e começou a desabar sobre nós a chuva pesada que estava pairando sobre nossas cabeças. A chuva me molhava, molhava o amor de minha vida, mas tinha alguma coisa estranha naquela garota. Uma fumaça ao seu redor meio que lhe protegia da chuva, lhe deixando seca e intacta. Ele, magicamente, saiu do meu lado e ficou no meio de nós duas, que estávamos uma de frente para a outra, nos encarando. Eu, com o olhar mais doloroso do mundo e cheio de lágrimas, e ela com seu olhar estúpido e metido.
Ele foi andando bem devagarzinho em direção a ela, enquanto eu gritava, ajoelhada na lama, negações.
- Venha - ela dizia -, eu sei que você vai me escolher.
- EI, não! - eu gritava, berrava. - Não, não, não, ei vida, gatinho, amor, ahhh, não faz isso por favor! Eu te amo demais, te amo mais que tudo, mais que o sol ama iluminar a terra todos os dias, eu preciso de você mais do que preciso do ar pra respirar, ahhhhhhhhhhhhh... - eu não conseguia mais dizer nada.
- Hmmm - ela falou enquanto ele chegava na sua frente. Ela pegou suas mãos e colocou em sua bochecha, como se fosse para ele senti-la.
- Ei - eu gritei para ele. Ele não me olhou, mas eu sabia que ele estava ouvindo. - Eu te amo, e você sabe disso. Não precisa eu ficar que nem uma boba falando de cinco em cinco segundos. Se você ficar com ela, você sabe que meu mundo acaba, e a única coisa que eu saberei sentir daqui em diante será dor. E outra, eu serei seu primeiro pensamento ao acordar e o último antes de dormir. Não, eu serei seu único pensamento, porque você sempre vai lembrar da dor insuportável que você está me causando agora.
Neste exato momento, ele tirou a mão daquela garota de seu rosto com toda a repulsa do mundo, caminhou até mim e disse:
- Gatinha, levanta do chão agora e para com isso. Porque eu também te amo, você também sabe disso, e eu nunca vou te deixar, seja qual for a circunstancia. 
Ele me levantou do chão, e eu o abracei com toda a força possível, e ali, naquele momento, vimos o quanto nós eramos importantes um para o outro.

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